Cumplicidade relacional
Nos olhos, olhares
Me olham e eu
Olho, nos olhos
Segredos entreabertos,
No semblante manifesto,
Latente confesso complemento
Nas mãos umidecidas,
A ferida encoberta
Pelos truques da razão
Emoção velada desnude-se
Em lágrima que sai dos olhos,
Denúncia da dor.
E pranto tanto reclama
Que no corpo proclama o ardor
Que a boca renega, ferida velha
É aquela que do passado
Ressurge em presente,
Dói ao sofredor
E dói na gente
Que acompanha e acolhe
Seu clamor
Em sensibilidade
Limitada, humana
Passível de engano
Porém serena e crente num clarear
De futuras possibilidades,
Mesmo se hoje ausentes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário