Feito um rato
Revira um saco,
Encontra o rato
Escancarado, encurralado
Não se amedronta,
Assombra e rói os farelos,
Sorriso sarcástico em seu castelo
De farsas coloridas
Sob a mesa estendidas,
Doces feridas
Enxuga o rosto e vai
Às escondidas se esvai
Como um narcótico
Em tom caótico tenta
E a contento aumenta a raiva
De quem o avista de seu lugar
Amiúde, se sacode rude e
Levanta-se sem rumo,
Busca tudo de onde possa reinar
Ao invés de súdito
Imundo e inútil, incapaz
De benefícios levar
Foge feito prisioneiro,
Larga seu bizarro terreiro
E vai a outros cantos se lançar.
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