quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fugaz, afinal

Em meio, assim, de um torpor
Que me invade as entranhas do pensar
Um motor automático,
Passos automotivos se deslocam
E imagens distantes se reúnem
Estanques no tempo
Uma ilusão visual é nítida
Quando os olhos se fecham
O que resta senão dúvidas,
Serão necessárias fotografias concretas
Para divagar se o que fora vivido ontem
É fato ou alucinação
De múltiplos órgãos do sentido
Que enganam a mente sem justificação?
É víviva a dúvida quando um dia morre
E outro nasce em miúdas recordações
Experimentadas num espaço atemporal,
Será saudade do que nunca existira,
Ou teria existido fugaz, afinal?

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