segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pululam


Do silêncio pululam
Sons e reticências
Invadem o descolorido
Teto ao qual me submeto

Humana, afastada da gama
De apreços e adereços
Dos quais me despi 
E me revi num outro prisma

Cativa, música que agrada
Desmotiva em silêncio, diminuo o tom
Ausente, o som se volta
Interno, cativo incerto do que sente

Desmente angústias
Fareja dúvidas externas
E acumula o cansaço ao mudar as pernas
De rumo,  ensumo que ensaia fora adiado

Oras, e se quem lhe convida 
À festa tranca a porta
E se certifica de utilizar cadeado? 
Fora negado um revide

Pululam palavras reluzentes, num caldo se lançam
Feito sopa burbulhante, as letras se desconectam
Eis que a palavra anuncia-se desnecessária
Um interlocutor não se retifica

E a moça, menina, mulher, toda envolta de si 
Analisa aspectos encobertos 
Que a provocam algo 
Que desnecessariamente será comunicado, e fim.

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