Emaranhado de você em mim
A saudade não tem outra voz
Que não a tua
Risada escandalosa, tão miúda
Amiúde meu ser
Se sacode em êxtase
Pelos teus passos estreitos
De pernas ágeis
Peripécia inimaginável
Do cotidiano me entrelaçou em você
Tamanha reviravolta,
Olho ao redor e não te vejo
À minha volta medo do ensejo fraquejar e ruir
Com o tempo inesperado
Um pacto combinado ao acaso
De caminhos distintos, tão ávidos, famintos
Pelo gosto dos teus lábios
Ainda não experimentados
Néctar de pensamentos demorados
Por rever e desenrolar ameaças
Desta flor que teima em ser lagarta
E ensaia, tão frouxa, um desabrochar.
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