Constructo da espontaneidade
De manhã poesia acinzentada
Me ocorria vagarosa
Foi interditada pela prosa interna
Dos grilos ativos que vivem na caixola
Essa danada mania de sofrer antecipadamente
Rasga o peito e costura quando quer, tão lentamente
Que a fadiga mental escapa desse cômodo
E vai ao quintal de sonhos deitar-se na rede
Existir é obra inigualável da singularidade
Conduzir a vida como manobrista articulado
Ou ser desses cabras desajeitados que colidem no primeiro muro
É chulo recusar-se a enfrentar os leões de si mesmo
O espelho traz possibilidades:
Olhar para a realidade ou só ver um pesadelo
Desses de filmes de terror, no qual só se grita e fecha os olhos
Esse torpor de atitude não permite recuos tampouco esconderijo
Acalente teu peito nos abrigos do caminho
Aceite o carinho do vento te tocar o cabelo, o rosto, os medos
Toda sua pele vibra com mais um despertar de possibilidades
O livro da vida é dividido em capítulos, escritos por partes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário