PAIXÃO CLANDESTINA
Na surdina silenciosa da noite
Ela surgiu despretensiosa
Acompanhada de uma sincronicidade gostosa
E sem deixar rastros, se instalou
Com senso de humor e parceria cotidiana
Ela encontrou frestas
E espaços habitáveis
Onde nenhuma das duas imaginou
Clandestina e displicente
Observou seus alvos distraídos
E na coincidência inocente do contato
Arou a terra para prosseguir com seu plano inesperado
Disfarçou sua vinda
Com risos, partilha e construção
De um vínculo amigável
Terreno fértil para instalar uma paixão inflamável
Ora intenso, ora amedrontado
Sentimento indiscreto e curioso
Depende da potência dos encontros
Para seu destino selar.
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