Moroso gosto de conquista
Sentimento estranho, me toma
Pelas mãos gélidas e me entorpece
Num silencioso pranto, mudo e nulo
De tanto que clama e exclama
Silenciosamente a efêmera beleza
De enamorar-se mutuamente
Em meio à multidão ausente,
Eloquente me faço, clemente
De contato e tato
Num olhar insensato a provocar
A homeostase, da fantasia à realidade,
A busca prossegue e não consegue se findar
Se a saudade é tanta de amar,
Calar o peito sem o contentar
É fato inconsumado
Portanto me nego
E lanço um retrato
Meu ao acaso,
Quem sabe um contato seu
Me traga à vida um moroso gosto
Gostoso de conquista.
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