Pote Suculento
O pote suculento
Me ronda com olhos
Brandos
Que se calam
E dizem tanto
Sem emitirem som
O pote solta sua tampa
E exposto provoca
Vermelhidão
Nas maçãs do meu rosto,
Te fito e me omito de diálogo,
Me deleito do imaginário de seu gosto
Em meio ao amargo
Que a distância nos impõe
E nos alcança
Em afeto incerto, prestes a cindir-se
Ao sabor do vento, no relento
Do cinzento e indesejável fim.
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