Saco empoeirado
Um saco repleto de pó
Enfileira seus nós
Em um só emaranhado
Rebuliço empoeirado
Se esquiva de contato
E só reclama cuidados
Os ensurdecidos não desatam os nós,
Deleitam-se de um baquete
Em seu enfeite de futilidade e sobras
O saco flutua em aleatórias mãos
Que o descartam sem enfrentar
O doce emaranhado, suplicante
De vozes que o libertem e derramem
Seu sangue em face da pútrida camada
Gélida de gente displicente
Que fomenta a poeira onde o saco
Está envolto, prisioneiro solto ao relento
Em um vento que lhe sopra com pudor.
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