Às avessas
Ah! Um coração às avessas do mundo
Atravessa ruas e se desnuda
Mas era inverno
E seu avesso o rende num inefável
Casaço
Daquele peso que o mundo lhe traz,
Um peso assim, de estar vivo num fardo
De decepções aos ombros acomodado
E de passear sozinho nos arredores
Dos jardins públicos aonde não se anda só
E ainda assim o mundo aponta os dedos ao coração,
Ele utiliza suas vestes e espera a próxima estação
Para desnudar-se no passeio público da vida
Onde titubeia a beleza vulgar da visão das coisas
Que se lhe apresentam
E avista no infinito num passo vago e sorrindo
A ausência dos bosques e seus enamorados
E corre num gesto ardente de liberdade
Com seus pés que tudo querem,
mas nada podem alcançar sem sonhar...
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