sábado, 16 de julho de 2011

Logradouro de ilusões

A poesia que comunico
É de improviso
Poesia da prosa improvisada
Do coração apaixonado de quem canta
Mas não fala nada

O pensamento é logradouro
De ilusões
Mundanas tentações
Permutam
O que os olhos não tocam

O que os olhos não tocam
Mas a boca sentiu
Com uma agonia cinza
O gosto vermelho
Daqueles lábios congelados

E ainda assim, férteis em amor
No esplendor amarelo
Aquele coração deserto
Se abrira e desabrochara
Como uma flor

Sórdidos caminhos
Onde ficar os pés
Senão
Em espinhos
Traiçoeiros

Aquela guerreira tentava fazer
Da luz do seu amor
Alimento puro com o qual se nutriu
Apesar das imundas condições
Em que seu amante partiu



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