Uma parte de mim é lembrança
Vil e frágil como criança no balanço
A outra parte é imponente
E se desdobra contra a corrente
De desalinhos que imagens mnêmicas
E sentidos lançam aos envolvidos
Uma parte de mim é retrato antigo
Porto atroz de esporros adormecidos
A cada nova abertura de cena
Que retrata como cada novo passo vale a pena
Uma parte de mim é escrita memorizada
De uma página em branco impossibilitada
De se reescrever sem um esquema
Outra parte é ideia que jorra viva em poema
Uma parte de mim é cicatriz
Que coça a cada momento solitário aqui
Ainda que outra parte seja renovação
E curiosidade pela novidade viva
Que o tempo traz a cada sopro
De vida no coração de aprendiz.
2 comentários:
Lindo.... Muito bonito, e me identifiquei muito com as palavras....
E todas as imagens evocadas, aparecem fortes, intensas e ternas...
Obrigada, Neto! Tem realmente uma intenção de "ternura imponente"! (:
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