Dados do acaso
Eis que vinha ela
Flutuante, um fonema ouvia
Desalento no dia-a-dia
E desfazia lendas
Caem as palavras
Nulas no silêncio
Os pés se revestem
De aquecimento
E outrora a ânsia em dizer
Esmagou os passos inconstantes
Se fez estrada disforme
Constituinte de um sujeito estanque
Aos convidativos gritos sussurrantes
Impõe sons, difusos ruídos
Sem lamentação
Nada do que fez fora então revivido
Tapetes decorados ilustram fantasias
Como a cor do seu vestido estampado
Nada lúcido havia sido escolhido
Para estar hoje ao lado do que abraçara
Na paixão descompromissada
Sentia a vida tão cíclica
E desdobrável feito iô-iô
Que lançava junto aos dados do acaso
De quem era eu
Ou era ela
Ainda que sem misticismo
Um âmago de torpor.
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