quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Aplaca


Aplaca luzes que pululam na sala 
Da casa inata ao imaginário
Que rega tempestuoso
Um sucinto som de silêncio distinto 
Das cores vermelhas ao entorno

Aplaca versos indiscretos
Que ameaçam escapar pela janela
Aberta aos sonhos novos
Cambaleantes de passos tortos
Dados ao acaso, morosidade inefável

Aplaca letras voluptuosas
Descritas, escritas, inscritas e escandalosas
Clamam por atos, tato, ação e concretização de fatos 
Independentes do desejo concreto e estável
Que harmoniza entrelinhas do dia-a-dia

Aplaca mãos e braços descruzados, motrizes de abraço
Em anseios e reconstrução de diretrizes
Calçados em confiabilidade estendida a rumores 
Visualização palpável e degustação de sabores inéditos 
Credita débito ao horizonte inesgotável de improviso

Aplaca a invisível placa de previsibilidade 
Que doravante se inscreve no cume do peito 
Feito defesa voraz a todo desconhecido, causador de receios 
Em detrimento, faz do humano condicionado e inexperiente  
Aprendiz do novo: lançamento certeiro de construções e desconstruções.           

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