Aplaca
Aplaca luzes que pululam na sala
Da casa inata ao imaginário
Que rega tempestuoso
Um sucinto som de silêncio distinto
Das cores vermelhas ao entorno
Aplaca versos indiscretos
Que ameaçam escapar pela janela
Aberta aos sonhos novos
Cambaleantes de passos tortos
Dados ao acaso, morosidade inefável
Aplaca letras voluptuosas
Descritas, escritas, inscritas e escandalosas
Clamam por atos, tato, ação e concretização de fatos
Independentes do desejo concreto e estável
Que harmoniza entrelinhas do dia-a-dia
Aplaca mãos e braços descruzados, motrizes de abraço
Em anseios e reconstrução de diretrizes
Calçados em confiabilidade estendida a rumores
Visualização palpável e degustação de sabores inéditos
Credita débito ao horizonte inesgotável de improviso
Aplaca a invisível placa de previsibilidade
Que doravante se inscreve no cume do peito
Feito defesa voraz a todo desconhecido, causador de receios
Em detrimento, faz do humano condicionado e inexperiente
Aprendiz do novo: lançamento certeiro de construções e desconstruções.
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