Sem medidor
Acreditava estar sob o script
De suas escolhas antecipadas
Imperatriz indiscutível da fadiga intranquila
De questionamentos descreveu as próximas rimas
Paralisou os pés em crateras imaginárias
Acendeu a luz, a sombra encoberta
Pela luminária é precária
Aos trejeitos do coração
Inanimada, ela tropeça na falta de ação
Do desejo congelado
Seu parceiro intacto conduz
A um labirinto inacabado
E o infinito é escasso em recursos
Para conduzir sem repulsa em repelir
Medos engarrafados e rodeios lançados
Ao intemente, e quiçá sorridente, tempo
Descontentamento entre arbustos
Ronda a moça desprevenida
Caminhante sozinha na estrada infinita
De arrombo em paixões descabidas
Prevenção à cicatriz
Diz a cliente junto ao pedido na farmácia
Ineficácia é um controle prévio ao desabamento
Ou ao contentamento exacerbado do outrora
Moça, as bulas de medicamentos
Que predizem comportamentos e reações
Lance-as para fora da sua habitação interior
Sob a penalidade de efeito colateral sem medidor.
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