domingo, 10 de janeiro de 2016

Anestesia azul


Da cor do meu sorriso, incolor
Desabrochei metade aflição 
E metade imersão em sonhos
Ao que me oponho, não ouso cometer

Atos contrários ao impulso
Freio avulso foi capaz de me conter
Imersa num mar de mim
Metamorfose permite fim?

O roteiro permanece inalterado
Passos dados, movimento estático 
A vida gargalha com sarcasmo
E me fita no desafio do existir

Arcabouço em construção
Itinerante é a ação transformadora
Morosidade sorri e adentra pelas arestas
Enfeita o tempo para a festa improvisada

O balanço do tempo é risonho
Pondera o ensaio e conduz ao encontro
Do inominável desfecho, calmaria colhida na transformação
Da luta infrutífera em acalento ao coração.            

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