Anestesia azul
Da cor do meu sorriso, incolor
Desabrochei metade aflição
E metade imersão em sonhos
Ao que me oponho, não ouso cometer
Atos contrários ao impulso
Freio avulso foi capaz de me conter
Imersa num mar de mim
Metamorfose permite fim?
O roteiro permanece inalterado
Passos dados, movimento estático
A vida gargalha com sarcasmo
E me fita no desafio do existir
Arcabouço em construção
Itinerante é a ação transformadora
Morosidade sorri e adentra pelas arestas
Enfeita o tempo para a festa improvisada
O balanço do tempo é risonho
Pondera o ensaio e conduz ao encontro
Do inominável desfecho, calmaria colhida na transformação
Da luta infrutífera em acalento ao coração.
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