sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Fluidez


Sadomasoquista, o tempo
Tempestivo, cospe veneno
Invisível em correntes entrelaçadas
Num coração desnudo pela estrada

Somatórias de letras, palavras
Insignificantes se não aplicadas
Em ato o amor é fato
A disponibilidade é incontestável

A dualidade nas relações 
É nula tentativa que insulta
A mortalidade do tempo diz
Quem não construiu, se esvaiu

Os laços têm movimento
Balanço gostoso do toque do vento
Acalenta os enamorados
A reciprocidade elimina o fardo

A espontaneidade flutua
No discurso, atua em afagos
Cantarola cantigas de amor
Sem cultivar o cansaço 

A vida redireciona, olhares curiosos
Ao desconhecido, um arrepio vanglorioso
Displicente com a previsibilidade do passado
Viver é recusar as metades ultrapassadas.                    

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