Ofuscada
Pintei teus olhos com giz de cera
Clareou meu mundo com intensidade
Num beijo raso me escapa fina pele
Entre os dedos, célebre se esvai
Pela ladeira do meu coração consome
A ausência de toque é devaneio Inóspito
O mundo subtrai suas cores
Gradualmente se desfaz silenciosa
As mãos viçosas no enlace estão em direção oposta
O sopro do vento aposta
No desenrolar dos dias
Uma pintura na tela branca brinda o ato de recomeçar.
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