segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O que restou

Estendo os panos brancos
Com conteúdos opacos,
Cheios de cacos
Do que restou daquele amor.
A neblina cobriu minha visão,
E teu semblante conduziu-me
Em direção a ruas vazias.
Dependia de tua companhia
Para meu trajeto alcançar,
Mas soltaste minha mão,
Desamparada e tomada
De grande aflição,
Não sabia caminhar sozinha.
Dentre prantos e lágrimas,
A neblina extirpei,
E a contragosto ocupei meu lugar
Na direção de meus passos,
Com a saudade de quem segue seus rastros,
Mas contêm os descompassos
E aprende a caminhar.

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2 comentários:

mateusROSA disse...

E sempre haverá um outro alguém para lhe indicar o caminho ou ensinar um outro bem melhor...

(:

Victor Canti disse...

o mais importante de tudo e aprender e conseguir caminhar, sem depender, a partir dai as coisas mudam e a visão será outra...