segunda-feira, 27 de abril de 2009

Rasgo

Rasgo a insegurança e a lanço longe
Não há por onde continuar em vão
Abro a janela e a primavera
Se mostra em um emaranhado de opção.

Rasgo a saudade em razão da inconsistência,
A presença da ausência renego,
Sem reciprocidade a chama que me invade
É mera ilusão, não quero.

Rasgo as lembranças fomentadas,
A paixão da qual embriagada,
Não via nada que não clamasse seu nome,
Eu tinha fome de seu amor a mim dedicado.

Rasgo o desejo de pecado que inflama meu sangue,
Antes que o derrame em lágrimas sôfregas,
Levanto-me e as coxas cuja tentação lhe convidara,
Juntam-se e sem explicação maior, vão-se embora.

Rasgo minha cela transparente,
Estilhaço as couraças invisíveis e finalmente
Me lanço aos repentes do acaso, para viver
O que de fato vai além do que tenho vivenciado.

Um comentário:

mateus disse...

Talvez seja a tal da "liberdade" que dizem por aí!!

Adoro!
(:

ps: desculpe pela ausência... logo logo de volta!