Amargura adulta
E a vida brinca de ciranda
Nos patamares de um reino
Sem a tacanha esperança
Criança ensurdece com seu grito
Prazeroso, o adulto se aborrece
E como um tolo a repreende sem pudor
O incômodo paira na amargura
Que a áurea infantil lhe reflete:
A culpa do ríspido envelhecer
E pede silêncio envolto em sua
Cápsula cretina, solidão surdina
Lhe arranca com as unhas afiadas
A ilusória paz compenetrada
Em seus atos meticulosos,
Lava o rosto e roe os ossos
Que a pele enrugada suga
Em nome da única alegria
Que tolhe ao infanto
Por mostrar-lhe a alegria por que
Tanto suplicou, e ao longo de toda
Uma vida, nunca encontrou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário