quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Surda multidão

O rádio ligado,
Som mudo cravado
Em ouvidos desinteressados

Uma voz entorna
O caldo ralo do descaso
Hostilizado

Pensamento cristalizado invade
E anseia compreensão,
Em meio a música morta

Que toca as notas
Que a voz não convoca
Dentre a surda multidão

O rádio desligado se recolhe
E escolhe criteriosamente quem
Ouvirá seu som

Dentre as notas, o tom ajustado
Ao ouvinte interessado ou desinteressado
Em mergulhar em seu contato.

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