segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os passos

Vestiu as vestes verdes
Sem maldade no olhar,
Caminhou vagarosamente
Até seu destino alcançar

Nas mãos os anéis te eram
Um escudo e proteção diante
Dos imprevistos não vistos
E passíveis de solução

Seu caminho era repleto
De árvores de altura baixa,
Sua sombra ora sumia da vista,
E ora era dádiva

Ela cantava baixinho
Seus cânticos prediletos,
Abandonou a vida confortável
E foi a um mundo cheio de mistérios

Longe do teto e atordoada,
Ela se via só.
Até que amigos se aproximaram
E se colocaram ao seu redor

A caminhada ficou mais serena,
Sua luz reluzia tão grande,
E de altura ela era uma pessoa
Pequena

E como no despertar de um sono,
Se levantou da inércia e retomou
Seus sonhos, anotados num bloquinho
Reviveu seus planos e sorriu baixinho

Em suas anotações ela dizia
Que se permitiria passos graduais,
A construção teria que ser diária,
Pois precisava subir cada degrau

E suas escadas floresciam lúcidas,
Permitindo que as voltas de seu mundo
Girassem num espiral de paralisação
À magia de retomar o que lhe preenche o coração.

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