quarta-feira, 9 de junho de 2010

Versos do inconformismo

Não me conformo,
Não me conformo com coisa alguma.
Não quero me conformar
E não me conformo

Meu mundo sem formas incorpora o inconformismo
Que o devora vivo.
Não quero, não quero me conformar com nada
Deixei minha colcha de retalhos na sala,

Ao relento do meu tudo abandonada
Bendita caminhada sem asfalto, sem nada.
Não, o inconformismo já me deu as mãos
E segue perambulando comigo a esmo

Que mundo estranho, esse mesmo,
Esse que se conforma com tudo e não
Espera nada.
Eu espero tudo, e não quero o nada

Minha alma sedenta não aguenta se calar
Neste silêncio sem cor e sabor, não, não quero
Tampar os ouvidos com coisa alguma,
Quero os ruídos da loucura ensurdecida

Em minha aparente sanidade, calmaria insalubre
Me convida ao protesto, e pelo quê me revisto
De uma fúria insustentável sem a clausura
Na qual me aprisionei?

Oras, não aceito coisa alguma, não é certo
Para quem tem coração que pulsa, isto não é momento
De regalias diante das risadas sarcásticas
Daquela que não me conhecia e nem o quis

E repito em bom tom: não me conformo,
E isto é com coisa alguma, minha sede curiosa
Se recusa a saciar-se com copos d'água morosa,
Ela busca incontrolavemelmente mais sede

E sede do quê?
Se ela o soubesse não precisaria buscar nada...

Um comentário:

Lullaby disse...

Uau, adorei!! Era um tema q estava comentando com minha mãe semana passada, sobre o conformismo, não aceito as coisas como são e tem mtas coisas sem explicação, procurava saber de td, hj em dia eh algo q tenho desistido um tando "/

Adorei o post!