Versos do inconformismo
Não me conformo,
Não me conformo com coisa alguma.
Não quero me conformar
E não me conformo
Meu mundo sem formas incorpora o inconformismo
Que o devora vivo.
Não quero, não quero me conformar com nada
Deixei minha colcha de retalhos na sala,
Ao relento do meu tudo abandonada
Bendita caminhada sem asfalto, sem nada.
Não, o inconformismo já me deu as mãos
E segue perambulando comigo a esmo
Que mundo estranho, esse mesmo,
Esse que se conforma com tudo e não
Espera nada.
Eu espero tudo, e não quero o nada
Minha alma sedenta não aguenta se calar
Neste silêncio sem cor e sabor, não, não quero
Tampar os ouvidos com coisa alguma,
Quero os ruídos da loucura ensurdecida
Em minha aparente sanidade, calmaria insalubre
Me convida ao protesto, e pelo quê me revisto
De uma fúria insustentável sem a clausura
Na qual me aprisionei?
Oras, não aceito coisa alguma, não é certo
Para quem tem coração que pulsa, isto não é momento
De regalias diante das risadas sarcásticas
Daquela que não me conhecia e nem o quis
E repito em bom tom: não me conformo,
E isto é com coisa alguma, minha sede curiosa
Se recusa a saciar-se com copos d'água morosa,
Ela busca incontrolavemelmente mais sede
E sede do quê?
Se ela o soubesse não precisaria buscar nada...
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Um comentário:
Uau, adorei!! Era um tema q estava comentando com minha mãe semana passada, sobre o conformismo, não aceito as coisas como são e tem mtas coisas sem explicação, procurava saber de td, hj em dia eh algo q tenho desistido um tando "/
Adorei o post!
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