sábado, 4 de setembro de 2010

Alma na cara

Sorri com a alma na cara
As nuvens escuras que me encobriam
Foram até a sala
E me deixaram só

No universo aberto manifesto um gesto
O céu de claro azul me acenou
Ouvia música e o tom de paz
Me irradiou de liberdade

Ali estava a rodopiar
Na sintonia do som me senti
Meu corpo flutuava num chão
De gravidade

E me invadiu a calmaria
Que outrora era distante
E o dia me sorria
Em seu azul anil

Meu desgaste febril se desviou
E rumou ao desconhecido
Por instantes me recebo de volta
E me permito apenas sentir

Na frequência de sons
Que me fazem sorrir
Por novos ares, sem a usura
Anterior de velhos mares

E o ciclo da vida se recicla
Dandos voltas cotidianas
Pelo redemoinho
De novos dias.

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