quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mente pensante

Toda essa excessiva ordem
Do pensar em sentidos
Requer um toque de desprendimento
Que não vivo

E o que não vivo me pesa sobre os ombros
Feito uma carga que solta sobre mim sua descarga
De energia tamanha
A mente pensante não descansa

Adormece e acorda com a mesma ânsia
De decodificar o abstrato da vida crua,
Desnudar o universo concreto
Num passo feroz e incerto

Reveste seu olhar no horizonte brando
A titubear diante dos mistérios que acredita haver na vida
E hesita passos vagos num escandaloso escuro
Sobre o qual se vê nua e voraz

Do que a preenche de sua sede sagaz
Por tudo que emana vida e se movimenta
Nas auguras do tempo
E se faz real, não uma lenda.

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