Vi-me
Certo dia vi-me a mim
Sem o reflexo de um espelho
Me escancarando a face
Vi-me a mim despida de véus sociais
E nua no cais do meu pensar
Sem pesar me compreendi
Nas nuances recusadas surpreendi
Meu lado mau de viver
Tão submisso ao dever
Moralmente civilizado,
Para meus olhos, escancarado
Pelado sem máscaras ou recursos
Antes recluso na face equânime,
Outrora enjaulado nos corações dilacerados,
Hoje presente a mim, sua dona real
Ode final às boas maneiras?
Não!
Teci a bandeira interna de me conhecer
Seu destino é direcionar as ações
À razão consciente
Da calmaria e das rebeliões
Antever a luta interna
Que o outro lado não cessa,
Mas confessa.
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