Lar é lugar em construção
Ela se desnuda de relações por engano
E flutua imersa em um quebra cabeças
De peças desencontradas
Os afagos silenciosos da estrada
Frutificam carinhos de vento em seu cabelo
Pequenos gestos de amor seguiam
A contramão do desejo
Sem alma definida, experimenta doces,
Massas e pitadas de pimenta do reino
Brinca no espelho com laços de fita
E não desperdiça doses imprevistas de alegria
Sorrateira reflexão banhada ao futuro
Nulo é o traçado linear que não cabe no peito
E desloca ao inesperado a tomada de decisão
Dona de seus anseios
Lar é lugar em construção
De ideias, afetos, sentido
E suspiros de cores sortidas
Em desencontros na contramão
A vida desautoriza convicção rígida
E despenteia a estática concretude
Amiúde encontros fomentam respostas
Temporário toque dos sentidos, aposta insossa
O que faz momentos de primavera
Ocuparem menos plano de fundo
E mais amor desnudo que se vê da janela
Dos olhos de quem sente o furor da respiração?
Quimera se outrora postergasse melindres
Presentes rescindem contratos superficiais
Ora, humano fugaz, ocupe espaço transitório
Que agora o contexto lhe faz!
Que agora o contexto lhe faz!
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