Desbravar
Quando desbravo o mundo
Também desbravo a mim
Desbravar é arrancar o velho conjunto
De conceitos enraizados no peito
E agregar o desconhecido recém chegado
O novo da sombra
Personificado e inacessível
Reluz e convida a adentrar
Um universo de expansão
E imersão cultural lá fora e cá dentro
Desbravar é rasgar o peito
Aberto à imprevisibilidade
Tal como é a vida
E sua falta de conectividade
Com o falso e ilusório controle
Olho para fora e desperto
Atenta às partes fragmentadas de mim
Integro olhares, cheiros, lugares
E memórias que refazem
Um aspecto da minha história
Escrevo e me reconheço no agora
Neste avesso de partes tão limitadas de mim
Me ponho frente a um espelho de reciprocidade
Com a mulher que fui, a mulher que estou
E aquela metamorfose que está por vir.
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