terça-feira, 9 de setembro de 2008

Esgotamento

Contenho a saudade,
Expulso o pranto que me invade
Silenciosamente.
O adorno que minha mente experimentou
Perdeu o valor.
Arco-íris sem cor, vida sem amor.
Preencho com torpor
O caminhar destes dias,
Quimera eu um dia relegar
A utopia
Que fomenta minha alegria.
Das cinzentas desventuras
De meu dia-a-dia,
Recolho os cacos,
Reviro os armários e apanho frascos
Repletos de nada.
Imensidão de gente, companhia escassa.
Estilhaços de ilusão,
Feridas incontidas refletem o sangue
De quem jorra vida,
Embora a dor se escancare com sofreguidão,
Suplicando espaço no palco da vida de quem
Se exauriu da solidão.


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Um comentário:

Victor Canti disse...

todos se esgotam, mas esta é a preparação para novas aventuras, novas viagens, o entendimento que nos falta para seguir..