domingo, 9 de agosto de 2009

Renúncia

Me parto em duas,
Sofreguidão me guia
E aperta o peito

Numa gélida canção
Agonizante tentação
Me extirpa a calma

E a razão se esvai
Pelos dedos,
Suaves pesadelos

Adoçam o enredo
Do meu palpitar
Inquieto e incorreto

Se te traz para amar,
Fantasia inebria, o fantasma
Que me guia quer nos afastar

Tudo em prol da razão,
De uma ética estética desprovida
De poluentes e emoção

Impõe-se soberana e
Nos desengana, esvaindo
O desejo pelo vão dos dedos.

Um comentário:

Victor Canti disse...

São os momentos em que temos que renunciar algo para ir atrás do no nos é mais valioso, das novas experiências, o novo ciclo da vida... me lembrou muito uma música do Lenine, “O que é bonito”, conhece?!
Boa semana!
Beijos